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28/10/2024

O que o Rock in Rio tem a ensinar sobre empreendedorismo?

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Há 13 anos como CEO do maior festival de música do mundo, Luis Justo conta os desafios de planejar um evento e criar experiências inesquecíveis para um público fidelizado. Exemplo de empreendedorismo, o Rock in Rio reuniu em sua primeira edição, em 1985, cerca de 1,4 milhão de pessoas. Um ano antes, quando começou a ser planejado, o festival se propunha a promover algo raro de se ver até então, shows internacionais no Brasil. A história conta que até chegar às 16 atrações internacionais, Roberto Medina, o idealizador do festival, e sua equipe, Luiz Oscar Niemeyer e Oscar Ornstein, tentaram mais de cem nomes. Entre tantos 'nãos', Medina se lembrou de um contato importante, Lee Solters, o assessor de imprensa de Frank Sinatra que havia conhecido em 1980 quando o empresário trouxe o cantor para um show no Maracanã. Com a ajuda do assessor de imprensa de Sinatra, Medina conseguiur reunir em um coquetel alguns dos mais influentes críticos de música do mundo e em poucos dias o Rock in Rio virou notícia em jornais, como o britânico The Guardian, e revistas, como a americana Billboard. Tanto barulho fez com que Medina fosse procurado por agentes e empresários. Os primeiros a assinar contrato foram Ozzy Osbourne e Rita Lee. Até hoje, a primeira edição é considerada como a melhor de todas por quem escreve sobre o assunto. Um dos argumentos é que nenhuma outra edição, por exemplo, teve duas bandas que podiam ser as principais da noite, como ocorreu com Queen e Iron Maiden. Foi também nessa oportunidade que o público brasileiro pôde escutar, ao vivo, a canção Love of my Life, do Queen, na voz de Freddie Mercury, um dos momentos mais icônicos da banda e do festival. Desde então, foram 24 edições, com mais de 4 mil artistas, passando por países como Portugal, Espanha e Estados Unidos, além do Brasil. Com receita declarada de R$ 647 milhões em 2023, a empresa conta com 15 funcionários em São Paulo, outros 20 baseados em Lisboa e 150 na sede no Rio de Janeiro. Hoje, quem comanda o evento e está no posto de CEO do Rock in Rio é Luis Justo. Apontado por transformar o evento em uma marca de experiências, Justo é engenheiro de formação, com experiência no mercado financeiro e uma passagem de 11 anos pela Osklen, onde foi responsável pela expansão e internacionalização da marca. Até que, em 2011, se tornou CEO do Rock in Rio. A chegada de Justo foi intencional. Como o festival começou focado no rock e expandiu a sua programação para atender às expectativas dos fãs, que desejavam mais diversidade de ritmos, o Rock in Rio passou a ter o peso de ser o maior festival de música e entretenimento do mundo. A missão do executivo era fazer daquela vivência uma experiência de marca, desde a compra dos ingressos até a saída do festival, uma jornada agradável que não começa e nem termina na Cidade do Rock. Na época, o evento estava prestes a reestrear no país depois de uma década, período em que quatro edições em Lisboa e duas em Madri foram realizadas. A partir de uma análise dos pontos que podiam ser melhorados e quais seriam um problema no futuro, Justo definiu prioridades e buscou soluções. Encontrou também os pontos fortes daquela experiência de compra e as valorizou ainda mais. Ao mergulhar no DNA da marca, Justo diz ter encontrado a essência da empresa: tornar o impossível possível e sempre surpreender em escala. Nessa busca, Justo diz ter passado a se reunir mais com a equipe a fim de provocar um exercício em que todo o time da empresa formalizasse o que definiria a cultura do Rock In Rio. Realizada alguns meses antes da pandemia, a atividade conseguiu definir oito valores da empresa, entre eles coragem, criatividade, excelência, integridade e pensar grande. "Queremos inovar e trazer experiências inesquecíveis que vão além da música", disse Justo, em sua palestra na Arena do Conhecimento da Feira do Empreendedor 2024, realizada pelo Sebrae. Desde que entrou na empresa, o Rock In Rio realizou mais seis festivais no Rio, outros cinco em Lisboa, um em Madri e um em Las Vegas. Em 2023, a empresa lançou o festival The Town na cidade de São Paulo, que recebeu um público total de meio milhão de pessoas. No mesmo ano, a gigante americana de eventos Live Nation fechou com Justo a produção da edição brasileira do festival Lollapalooza. O último evento da marca, que aconteceu em setembro, também trouxe uma novidade: o Global Village, ambiente de 7.500 metros quadrados que tinha espaços gastronômicos tematizados de acordo com diferentes países (pub inglês, boulangerie francesa, boteco brasileiro, entre outros) e apresentações musicais mais propícias a locais intimistas, incluindo Hermeto Pascoal e Amaro Freitas. Confira matéria na íntegra em: https://dcomercio.com.br/publicacao/s/o-que-o-rock-in-rio-tem-a-ensinar-sobre-empreendedorismo

Crédito:


Mariana Missiaggia

Fonte:


DIÁRIO DO COMÉRCIO

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